Aparentemente ter é realmente o que mais importa. Pois, quando se tem, em nossa sociedade se é, correto? Não. Quando se tem, aos olhos dos outros....... Ôpa, está ai o problema do ter, como entendo. O ter, com os olhos dos outros, depende dos outros. Quero ter para poder ser, seria com certeza algo corriqueiro, algo como, quero ter dinheiro para ter tranquilidade, queria que meu filho tivesse mais obediência, que meu chefe tivesse mais compaixão, para que eu possa ter mais paz. Tudo isso está fora de quem fala. Tudo isso é resultado de uma postura, que segundo Covey* está fora do círculo de influência de cada pessoa, sendo que este círculo deve ser de responsabilidade de cada pessoa, aquilo sobre a qual cada um pode atuar. Existem fatores externos sobre os quais não se tem domínio, como fatalidades, incidentes naturais etc. Contudo, sobre aquilo que se tem domínio, se tem o verdadeiro "ter" que na verdade é a real oportunidade de ser. Ser proativo. Sempre gostei dessa palavra. Lendo Covey, seu significado ganhou uma amplitude muito melhor. Eu via a proatividade somente como atitude e Stephen aumentou a gama de domínio sobre este sentido. Proatividade também implica numa consciência necessária sobre o ambiente em que estamos e como podemos influenciá-lo. Proativo é realmente diferente de reativo, mas muito mais diferente do que imaginei. Ser reativo é quase um ultraje é quase um martírio a si mesmo. Ser reativo é tirar de si o direito do livre arbítrio e com ele, claro, tirar o "corpo fora" das responsabilidades intrínsecas. Impressionante como tenho tanto a melhorar, como já foi dito "Tudo que sei é que nada sei", ou melhor ainda, tudo que sei, sei que pode ser melhorado, através do exercício consciente de si mesmo e do mundo ao nosso redor. Figuras, modelos, exemplos acho que devam ser usados para que possamos manter nossa mente e cabeça erguidas no sentido que nos propomos traçar. Covey em certo ponto de seu livro toma como exemplo Gandhi. Eu gostaria de tomar meu exemplo particular, Cristo. Como divino, inquestionável, mas não quero ir tão longe, não agora, quero tomar Cristo como exemplo de proatividade, como exemplo em si. Não vale pensar no divino, pois se assim for feito, tiramos dele o lado humano, que o faz tão magnífico. A capacidade de influenciar deste Homem é histórica, mas sua capacidade, como de tantos outros homens da história vem da capacidade de influenciar a si mesmo. Queres mudar o mundo? Mude a si mesmo! Não é isso que se diz? Mas, como executar tal tarefa, como mudar a si mesmo? Através do conhecimento, da autoconsciência, da capacidade única dos seres humanos de se envolverem com o processo de raciocínio e nele interferir. Agir, ser a mudança. Muitas vezes já ouvi isso, de formas diferentes, precisamos ver isso, "ser" realmente, para lá na frente ter....... ter o domínio sobre nossos atos, ter a noção real de responsabilidade, enfim como dito por T Harv Eker, primeiro ser, para fazer e por fim realmente ter.Sejam o dia que quer ter.
Um ótimo dia.
Abraços,
Tiago Cardoso Petreca.
* Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes -Stephen R. Covey - Editora Franklin Covey.
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