segunda-feira, 29 de março de 2010

Copa 2010 ..... e um pouco mais.

Em ano de copa, eleição e claro a constante movimentação do mercado, incansável, o assunto competição vem à tona de forma clara. 
Desde a vida escolar à vida profissional, o que fica explicito são as competições, o paradigma da comparação, como aborda Covey.
O detalhe da comparação, da competição é que se tem um cenário de ganhador e perdedores. A taça, a "estrelinha" vai para aqueles que foram melhores. Mas, melhores em quê? Geralmente, melhores que os outros. Parece que uma vida sem esse tipo de situação é praticamente impossível. Se pararmos para analisar, realmente deve ser. Mas, o que se tem é uma atenção voltada exclusivamente ao caso da competição em si, então cabe a pergunta, será que a atenção não está no foco errado? Pensemos na copa quando começam os jogos. As nações se unem, em si, como hercúleos indivíduos, competindo com outros gigantescos indivíduos. A emoção é fulminante, pois esse novo grande organismo individual e coletivo ao mesmo tempo, tem em sua alma o segredo primordial da vida, a cooperação, ou no mínimo uma canalização dos esforços e atenções para um mesmo objetivo.
Nas competições e nessa copa prestes a chegar, as atenções claro continuarão na competição, mas que tal direcionar um pouco de atenção a um dos pontos altos deste grandioso evento, sua organização. Para que uma gigantesca competição como a copa possa se realizar, dentro da relação ganha/perde, afinal é uma competição, a relação ganha/ganha se faz fundamental entre todos que farão o evento acontecer, um verdadeiro espirito de cooperação para que possamos em um espirito de união assistir a um dos maiores exemplos de competição do mundo. Enfim, para que tenhamos um único ganhador na copa, antes todos deverão ter sido vencedores em sua organização. 

Uma boa semana.

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca. 

quarta-feira, 17 de março de 2010

Vai pra onde? Como?

Conhecer-se é conhecer o mundo. Afinal, o mundo é aquele que vemos diariamente através de nossas “lentes”, nossos próprios olhos……mãos, nariz, ouvido.O processo de se conhecer é a descoberta da beleza de se viver a jornada e não a chegada. Pense assim, se você faz uma viagem para chegar a algum ponto você “perde” um certo tempo na estrada, no ar ou no mar. Quando chega lá, o que acontece? Ou você fica estático, não faz nada, ou começa uma nova jornada, seja na casa da avó, seja em uma peregrinação, seja onde for. A chegada nada mais é do que um objetivo atingido e vivenciar o objetivo é o inicio de uma nova jornada. Somos viajantes perenes e nossa viagem será melhor se tivermos consciência dela.

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fogo!

Difícil. Essa palavrinha aparece em nossas bocas e mentes com uma frequência...... digamos assim, difícil de medir, quão volumosa é. 
Mas, afinal, o que é tão difícil? Uma das coisas que me chama atenção quando essa palavrinha aparece é tempo. Difícil controlar o tempo! As desculpas são pontuais, "Não deu tempo", "Estou sem tempo"; "Incrível como não dá tempo" etc. Essas colocações provam uma coisa natural, não controlamos o tempo e isso é fato. Então estamos fadados a ficar subjugados a ele? De forma alguma, embora não possamos dominar o tempo, que é absoluto, temos plena capacidade de dominar nossas tarefas, nossas prioridades, nossos objetivos e como tudo isso se encaixa no tempo. O principio é básico, o tempo é absoluto então nos adequemos a ele. Ponto! Então quando se ver falando "Não deu tempo" Na verdade o que se quer dizer é "Não decidi colocar essa tarefa em minha agenda da forma adequada a se encaixar no tempo". Claro que isso colocado, temos adiante a observação sobre o tema importância. O que é realmente importante? Parece estranho esse tipo de pergunta, mas o que realmente é importante, dificilmente (olha a palavra ai de novo) recebe a atenção devida, em detrimento das coisas urgentes. Somos bons apagadores de incêndio, mas por conta disso péssimos construtores de obras. E se nossas obras forem melhor construídas, estarão mais fortes para aguentar o incêndio, que pode nem se quer aparecer. Quantos focos de fogo se pretende apagar hoje? Algum deles é importante ou somente urgente? Será que ao invés de apagar incêndio, não se está fazendo algo pior, enxugando gelo?

Boa semana.......cheia de coisas importantes.

Boas obras.

Tiago Cardoso Petreca. 

quinta-feira, 4 de março de 2010

A "coisa" mais cara do mundo

É nítido o quanto as coisas caras exercem um fascínio enorme na maioria das pessoas, inclusive em mim. BMWs, Mercedes, Casas enormes e bem montadas, roupas bacanas e bem vistas, jóias e tudo aquilo que o mundo pode fazer e criar.
Há também o outro lado da moeda, aquela em que também a grande maioria não quer ver, o lado pobre, miserável, mas real e cheio de consequências.
A idéia não é tratar nesse post sobre os problemas sociais, afinal eles fazem parte do dia a dia de todos. O que, de forma breve, escolho aqui tratar é justamente do dia a dia, da riqueza e pobreza, que existem, inevitavelmente dentro de cada um. Poucos são aqueles que não desejam dinheiro, sucesso e tudo aquilo que é socialmente bom. Já falamos que tudo tem um preço e muitos não conseguem atingir, pois não estão dispostos a pagar tal preço, nem se quer defini-lo. Mas, acredito que, inspirado pelas palavras de Covey, todos deveriam assumir o preço de pagarem pela "coisa" mais cara do mundo, aquele "objeto" que de tão caro nem sequer preço tem. É tão caro, tão antagônico à lógica do raro, que faz deste "produto" o item que qualquer um pode pagar e ao mesmo tempo, praticamente ninguém consegue. A coisa mais cara que existe no mundo é você mesmo, o seu mundo interior, o seu conhecimento e seus valores. Quer ver como isso é absurdamente caro? Imagine o quanto você valeria, como pessoal, objeto. Agora imagine o quanto o seu mundo interior, sua experiência, sua capacidade e acima de tudo seus valores e princípios valem. Agora, um pouco mais difícil, tente vender tudo isso, ou em outras palavras, tente convencer alguém de que tudo isso que você tem deve ser absorvido pelo outro. Note, que mesmo se você conseguir conquistar algumas pessoas a "Comprarem" o que você é em 100%, você terá transferido o maior valor de todos e o mais interessante, quem o recebeu o fez sem pagar nada. Mas, ainda é a coisa mais cara do mundo, pois quem "comprou" forma um grupo menor do que os que têm Ferraris, BMWs e Aviões.
A coisa mais cara do mundo está dentro de cada um, em suas capacidades e singularidades. Cada um é um, e ponto, quer coisa mais rara que isso?

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Proatividade.....uma forma de ver.

Quanto mais estudo sobre empresas e as formas de gerenciamento, relacionamento, eficácia, empreendedorismo, que em suma trata-se de gente do começo ao fim, mais fica clara a experiência real que se pode viver pelos exemplos, dentre eles a religião.
Pensemos. Para que possamos agir com foco, objetivo temos que tomar consciência do ato e executá-lo. Mas a ação em si, no ato de sua realização permite que aquele agindo vivencie o movimento, incorpore a atividade. Atentar aos verbos é um ato interessante, principalmente o verbo amar. 
O que vem antes, a ação, a tomada de consciência ou o sentimento? A tomada de consciência, o pensamento leva a um sentimento instantâneo e este a uma ação, que por sua vez a um resultado. 
Façamos um teste com o verbo amar. Primeiro toma-se consciência de seu significado, que aqui coloco como sendo, sacrificar-se, ouvir, compreender. Note como amar é completo devido aos outros verbos que o definem e que não se esgotam nos que aqui coloquei. Nesse momento vem imediatamente um sentimento, que para a maioria pode não ter nada a ver com o amor em si, devido as experiências vividas com os outros verbos. Mas, já que se deve subordinar nossos sentimentos aos nossos valores para sermos proativos, como diz Covey, faça isso e imediatamente entre em ação, de forma consciente, sóbrea e determinada. Com o tempo e todas as ações em andamento surgem os resultados e então o verbo original torna-se a ação em si fazendo de cada ato um ato vivo de amor. Por quê falei de religião? Como católico, toda essa reflexão me trouxe a mente a figura de Cristo, que foi o verbo amar em sua plenitude, pois era ação, ou melhor oração!

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

terça-feira, 2 de março de 2010

A Vida é Bela.....um filme

Faz um bom tempo, mas Roberto Benigni me veio a memória hoje pela manhã. Em seu premiado filme "A Vida é Bela" ele mostra algo, que agora ganha um novo entendimento, à luz de novas leituras e estudos. A Vida é Bela, como muitos dizem, e saber vivê-la é mais belo ainda. A Vida é interior, é dom divino que reside em cada ser. Na humanidade a vida pode ser Bela, pois pode ser vivida e não somente "passada por ela". Ter a consciência de se viver e estar vivendo é um segredo que aos poucos vai mostrando sua face. "Viver e não ter a vergonha de ser feliz..." já se cantava há um bom tempo e até hoje se canta. E quanto a vivê-la? A Vida é bela, mesmo diante da vida como está, assim fez Guido Orefice (Roberto Benigni) criando a partir de um ponto de vista único um mundo totalmente novo para seu filho no campo de concentração nazista. Uma mentira? De forma alguma, apenas, como dito, um outro ponto de vista, que fez da vida, tanto para ele e seu filho em meio ao horror total, uma bela história.
A capacidade que cada um tem de ser proativo, como diz Covey, e não meramente reativo é o segredo por trás deste sucesso....ou de qualquer um que você deseje. O filme me veio claro na mente, pois no livro Covey cita justamente um fato semelhante e pude visualizar o que ele dizia revendo o filme na memória. Impressionante nossa capacidade. Mas, o quanto dela usamos, ou o quanto dela temos consciência para usar. Ser reativo é responder ao mundo de forma "animal" de forma instintiva, e ser proativo é responder ao mundo de forma humana, no melhor sentido da palavra, fazendo uso das faculdades que a cada um foi concedida, sendo a principal delas a capacidades de parar, antes de reagir. Parar, pensar, refletir, agir direcionando a ação para o caminho que queremos e não no caminho que o meio externo nos impele. Ser Humano! Note O QUE SOMOS!!!! Ser humano. Antes do humano, vem o ser, pelo menos em nossa lingua......que sorte a nossa! Ser consciente, proativo, simplesmente ser na Vida a parte Bela que ela tem. Roberto Benigni nos deu uma lição magnífica, por isso levou o Oscar.....mas com certeza, este prêmio ele já havia ganhado em seu interior e o "troféu" foi a resposta do meio a ele e não vice versa.

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

segunda-feira, 1 de março de 2010

"Ser ou não ser?" Não mais uma questão.

Aparentemente ter é realmente o que mais importa. Pois, quando se tem, em nossa sociedade se é, correto? Não. Quando se tem, aos olhos dos outros....... Ôpa, está ai o problema do ter, como entendo. O ter, com os olhos dos outros, depende dos outros. Quero ter para poder ser, seria com certeza algo corriqueiro, algo como, quero ter dinheiro para ter tranquilidade, queria que meu filho tivesse mais obediência, que meu chefe tivesse mais compaixão, para que eu possa ter mais paz. Tudo isso está fora de quem fala. Tudo isso é resultado de uma postura, que segundo Covey* está fora do círculo de influência de cada pessoa, sendo que este círculo deve ser de responsabilidade de cada pessoa, aquilo sobre a qual cada um pode atuar. Existem fatores externos sobre os quais não se tem domínio, como fatalidades, incidentes naturais etc. Contudo, sobre aquilo que se tem domínio, se tem o verdadeiro "ter" que na verdade é a real oportunidade de ser. Ser proativo. Sempre gostei dessa palavra. Lendo Covey, seu significado ganhou uma amplitude muito melhor. Eu via a proatividade somente como atitude e Stephen aumentou a gama de domínio sobre este sentido. Proatividade também implica numa consciência necessária sobre o ambiente em que estamos e como podemos influenciá-lo. Proativo é realmente diferente de reativo, mas muito mais diferente do que imaginei. Ser reativo é quase um ultraje é quase um martírio a si mesmo. Ser reativo é tirar de si o direito do livre arbítrio e com ele, claro, tirar o "corpo fora" das responsabilidades intrínsecas. Impressionante como tenho tanto a melhorar, como já foi dito "Tudo que sei é que nada sei", ou melhor ainda, tudo que sei, sei que pode ser melhorado, através do exercício consciente de si mesmo e do mundo ao nosso redor. Figuras, modelos, exemplos acho que devam ser usados para que possamos manter nossa mente e cabeça erguidas no sentido que nos propomos traçar. Covey em certo ponto de seu livro toma como exemplo Gandhi. Eu gostaria de tomar meu exemplo particular, Cristo. Como divino, inquestionável, mas não quero ir tão longe, não agora, quero tomar Cristo como exemplo de proatividade, como exemplo em si. Não vale pensar no divino, pois se assim for feito, tiramos dele o lado humano, que o faz tão magnífico. A capacidade de influenciar deste Homem é histórica, mas sua capacidade, como de tantos outros homens da história vem da capacidade de influenciar a si mesmo. Queres mudar o mundo? Mude a si mesmo! Não é isso que se diz? Mas, como executar tal tarefa, como mudar a si mesmo? Através do conhecimento, da autoconsciência, da capacidade única dos seres humanos de se envolverem com o processo de raciocínio e nele interferir. Agir, ser a mudança. Muitas vezes já ouvi isso, de formas diferentes, precisamos ver isso, "ser" realmente, para lá na frente ter....... ter o domínio sobre nossos atos, ter a noção real de responsabilidade, enfim como dito por T Harv Eker, primeiro ser, para fazer e por fim realmente ter.
Sejam o dia que quer ter. 
Um ótimo dia.

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

* Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes -Stephen R. Covey - Editora Franklin Covey.