quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Num piscar de olhos.

Como já devem ter notado, estou lendo ainda o livro "Blink", de Malcolm Gladwell. Ontem li um trecho muito bacana, referente, claro à capacidade de se fatiar fino. O ator principal, no caso era o exército, mais especificamente, um membro do exército americano. De forma resumida, este membro teve um histórico sensacional em sua carreira militar e já reformado, em 2002, foi convidado a participar de um teste do exército, que cria situações "reais" para que suas tecnologias possam ser testadas. A brincadeirinha custou, conforme cita o livro, um quarto de bilhão, então dá para imaginar como o playstation 3 ficou pequeno. O time foi dividido em dois, os azuis, bonzinhos, americanos e os vermelhos, os anti-americanos, neste caso representado no jogo pelo militar reformado e experiente. O caso era o seguinte, o time azul teria toda parafernalha tecnológica para atacar o time vermelho, tendo conhecimento de detalhes politicos, sociais, civil-estruturais etc. O time vermelho teria o padrão, digamos assim. Bom, em uma narrativa que em minha mente parecia filme de hollywood, pergunto, quem ganhou? O time vermelho. Claro que o time azul cita que, mesmo com todo o investimento, não "foi tão real assim" pois no campo de batalha o azul teria ganhado. Clara falta de espirito esportivo. Segundo Gladwell, o que levou o time vermelho a vitória, foi a capacidade daquele militar reformado em tomar e ver decisões em espaços de tempo curtos, com pouca informação e visão real do campo. Este homem tinha em si a capacidade de fatiar fino e de uma forma bélica, por assim dizer. Me vem a cabeça uma vez que vi a entrevista com um piloto de fórmula 1, onde falava do ato de dirigir e da necessidade de se tomar decisões em milisegundos. Fatiar fino e literalmente rápido. Disto depende a vitória e claro a própria vida do piloto.
Mas, afinal, por que tenho abordado estes assuntos aqui? Fatiar fino, o inconsciente, os padrões de pensamento etc. Pretendo compartilhar as experiências e leituras que tenho feito, ações que tenho aplicado na vida real e que realmente geram resultados. Quero e na verdade desejo, poder ajudar, de alguma forma, qualquer um que vier a ler estes textos. E gerar ou auxiliar no ato de treinar o auto-conhecimento, não só vale para mim mesmo como exercício, permite que outros possam fazê-lo. A idéia é realmente compartilhar e com isso tentar ajudar, de alguma forma e por hora, estas informações me têm sido muito úteis, por tanto gostaria de levar a outras pessoas, começando pelos meus leitores.

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bomba!!!!!!

Pois é, a primeira informação que nos vem cria imediatamente uma reação. Fatiamos fino, como diz Malcolm Gladwell em seu livro Blink. Cortamos a realidade em segundos e interpretamos com base em nosso histórico. Fatiar fino, de forma correta é uma arte, ao que entendo da leitura sobre o assunto. Contudo, tal rapidez pode ser traiçoeira e poderosa, fazendo uso de preconceitos que nem mesmo temos noção que existem em nosso inconsciente. Nosso histórico, nossa programação pessoal nos conduz de forma silenciosa, podendo muitas vezes nos levar a desfechos barulhentos. Na área de vendas, a capacidade de fatiar fino com talento é importante, como em várias outras profissões que lidam com pessoas. Contudo, nossos preconceitos regem nossas atitudes. Como muito disto está em nosso inconsciente, acredito que precisamos atentar à algumas atitudes de forma consciente. Gastar energia pensando nisso. Em nossos movimentos, prestar atenção àquilo que está no piloto automático e se não deveria ser mudado de alguma forma. Um meio para termos condições de fazer isso e conscientemente levar uma programação ao nosso inconsciente é fazermos uso de valores, princípios. Acho interessante e gosto muito de filmes de aventura, os heróis sempre têm princípios, os clãs como ninjas sempre têm uma conduta, não considerando aqui os fins de suas atitudes. Mas, ter princípios com certeza nos ajuda a lidar com o piloto automático de nossas atitudes e nos faz melhores. Por exemplo, ter respeito a qualquer um, independente de raça, religião ou qualquer outra característica. Com certeza, se aplicado este principio, respeitar o outro, muitas fatiadas finas seriam melhor feitas, ao nivel de um sushiman. Na próxima vez em que estiver negociando, atente para suas atitudes e veja se alguma programação sua não o está conduzindo a ações ou pensamentos equivocados e tente aplicar um principio, como o do respeito. Isto sim é Bomba!!!!!!!!! 

Abraços e boa semana. 

Tiago Cardoso Petreca. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Atingido...... Inconsciente.

Há tempos que vimos na TV brasileira, principalmente, a comunicação de uma forma leviana, por assim dizer. Contudo, trata-se de um ciclo, pois com certeza aquilo que está sendo veiculado não continuará por muito tempo, se não tiver quem assiste. O fato é claro. Mas, quando se trata de consumo, o que se lê e vê é que este mesmo público pouco exigente quanto ao conteúdo, pode se fazer bastante crítico, quanto a um produto. Do que se trata este fato? Qual a relação existente neste caso? O especialista em marketing Martin Lindstrom, considerado pela Times, em 2009, uma das cem pessoas mais influentes do mundo, apresenta em seu Best Seller - Buyology alguns conceitos bastante relevantes. Aponto alguns deles. 85% de nossas decisões são tomadas na zona inconsciente do cérebro, o que deixa muito claro a importância desta "área" de nossa vida, que com certeza é coisa de nossa cabeça.  Nos tempos de crise, como a que passamos (e estamos passando) recentemente, o medo é claramente um item bastante presente, defendido por Lindstrom. Diante disto, algumas empresas, conscientemente, tentam já atingir o inconsciente de seus consumidores, como é o caso da Coreana Hyunday, que criou uma estratégia de guerra contra o medo, garantindo aos clientes que seu dinheiro seria (será)  devolvido se eles perderem o emprego. Segundo dados colhidos na HSM Ed. 78, pg 81, até o presente momento (antes do fechamento da edição de janeiro/fevereiro) nenhum carro tinha sido devolvido. Ai pergunto, a estratégia levou pessoas de menor renda à compra deste bem? Acredito que não, mas atraiu (10% a mais nas vendas segundo a mesma revista) o público alvo da marca, o que tráz a tona o real problema do medo e não do dinheiro. Contudo este último pode sim ser motivo de medo, ou seria apenas uma desculpa para tanto?
Os consumidores deverão como atitude presente buscar o retorno funcional e conexão emocional com a marca, diz Lindstrom. Esta colocação reforça o ato inconsciente, devido a ligação emocional. Pensemos por um breve instante, o medo é uma atitude ou um sentimento, uma emoção? Por tanto aí está o alvo e a forma de atingi-lo é atender a demanda "real" paupável, que deverá remeter ao emotivo. A base de estudo de Lindstrom é o neuromarketing, que usa técnicas avançadas para pesquisa, como a ressonância magnética, que funciona como um scanner. Em suas pesquisas Martin Lindstrom chega a atestar fatos paradoxos, sendo que seus estudados dizem uma coisa e seus cérebros dizem outra. 
Agora, um fato muito curioso é que identificou-se, que a audição é o sentido mais importante para criar marcas e comunicar, mas sua defesa demanda um novo texto.
Por fim, algumas características, que definem na "cabeça" das pessoas ou caracterizam nelas suas marcas preferidas: rituais, visão forte e poderosa, um inimigo claro, apelo aos sentidos e narração de histórias estupendas. Lembra alguma coisa?

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca. 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Que estranho!

Dimensões e fontes diferentes. Isto é o que será brevemente tratado aqui, hoje. Estranho? Então espere, ou melhor continue lendo.
Brian Tracy diz em uma de suas palestras, que na hora de uma decisão, quanto mais razão colocamos, mais emoção está envolvida.
Na HSM, edição 78, há um "Dossiê Consumidor" e especificamente na página 70 há um trecho que reproduzo aqui "...é que as escolhas dos consumidores se baseiam sobretudo em uma resposta emocional, não intelectual, em regras inconscientes". Claro que está, em termos, atestado o que Mr Tracy diz. Na leitura do livro "Blink" de Malcolm Gladwell, até onde fui, por enquanto (pg 75), o autor aborda uma série de experimentos, desde cartas de baralho até corda pendurada no teto, como encontros de namoros rápidos em Nova York. A abordagem central é a nossa capacidade, inconsciente de "fatiar fino", ou seja de assimilarmos informações suficientes para tomarmos uma decisão, em um espaço de tempo muito curto, algo como dois segundos e mesmo assim acertar na solução. Gladwell, claramente faz uso de experimentos científicos, mas o que é interessante é justamente a ligação do inconsciente com nossas reais atitudes. A Forma como "somos programados". Sem querer ser abusado, estou fazendo algumas ligações entre autores que podem não ter nada a ver. Contudo, o objetivo destas ligações é compilar, de diferentes pontos de vista, algumas informações que se tangenciam e/ou se complementam. T. Harv Eker apresenta a sequência, programação > pensamentos > emoção > ação. Entendo que quando Harv fala de programação ele está falando ao nível do inconsciente, embora ele ensine em seu livro como re-programar, mas ai é outro assunto.
Mas acima de tudo, estar atento àquele breve momento em que nos vem uma inspiração, um rápido sopro de solução, isto talvez seja mais correto do que anos de estudo, para certos casos, com certeza, como apresenta Gladwell.
Ficam aqui apenas alguns pontos, que aos poucos serão costurados na busca de uma nova perspectiva, ou pelo menos a confirmação do conhecido e seu aprimoramento.

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Para todos!

Cooperação. Este conceito é, ao que me parece, bastante antigo, até mesmo bíblico, onde de forma poética alega-se as vantagens de se trabalhar de forma cooperada. Mas afinal, o que isto realmente significa, uma vez que principalmente no ambiente corporativo a "briga" é ferrenha? Simplesmente criar uma sistemática de ajuda mútua?
Diante de todas as leituras que tenho feito, seja em livros, revistas especializadas, jornais, noticias em geral, a cooperação vem, sim se tornando um realidade e muito no ambiente web, através das comunidades. O Interessante é que via on-line parece-me que a cooperação é mais forte que "ao vivo", entre pessoas reais umas ao lado das outras..........
Será que o distanciamento faz as pessoas ficarem mais próximas? 
Vejo enfim, seja no ambiente web, seja no ambiente real, físico, a cooperação tem que ter algumas características: Foco comum, meio de realização e a sensação na grande maioria de que estão realizando e que sua fatia tem importância, além da inevitável necessidade da presença da sensação de todos estarem ganhando.
"Trabalhar cooperado" pode remeter também a sustentabilidade, quando passamos a entender o ecosistema em que estamos inseridos e até onde podemos atingir.
Blogar, quando se tem comentários, observações, permite uma cooperação, uma ajuda mútua no sentido de se melhorar um conteúdo ou até mesmo uma tese. Os pontos de vista, as diferentes vivências podem trazer um fruto muito grande ao final. 

Abraços e boa semana a todos. 

Tiago Cardoso Petreca.