quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Atingido...... Inconsciente.

Há tempos que vimos na TV brasileira, principalmente, a comunicação de uma forma leviana, por assim dizer. Contudo, trata-se de um ciclo, pois com certeza aquilo que está sendo veiculado não continuará por muito tempo, se não tiver quem assiste. O fato é claro. Mas, quando se trata de consumo, o que se lê e vê é que este mesmo público pouco exigente quanto ao conteúdo, pode se fazer bastante crítico, quanto a um produto. Do que se trata este fato? Qual a relação existente neste caso? O especialista em marketing Martin Lindstrom, considerado pela Times, em 2009, uma das cem pessoas mais influentes do mundo, apresenta em seu Best Seller - Buyology alguns conceitos bastante relevantes. Aponto alguns deles. 85% de nossas decisões são tomadas na zona inconsciente do cérebro, o que deixa muito claro a importância desta "área" de nossa vida, que com certeza é coisa de nossa cabeça.  Nos tempos de crise, como a que passamos (e estamos passando) recentemente, o medo é claramente um item bastante presente, defendido por Lindstrom. Diante disto, algumas empresas, conscientemente, tentam já atingir o inconsciente de seus consumidores, como é o caso da Coreana Hyunday, que criou uma estratégia de guerra contra o medo, garantindo aos clientes que seu dinheiro seria (será)  devolvido se eles perderem o emprego. Segundo dados colhidos na HSM Ed. 78, pg 81, até o presente momento (antes do fechamento da edição de janeiro/fevereiro) nenhum carro tinha sido devolvido. Ai pergunto, a estratégia levou pessoas de menor renda à compra deste bem? Acredito que não, mas atraiu (10% a mais nas vendas segundo a mesma revista) o público alvo da marca, o que tráz a tona o real problema do medo e não do dinheiro. Contudo este último pode sim ser motivo de medo, ou seria apenas uma desculpa para tanto?
Os consumidores deverão como atitude presente buscar o retorno funcional e conexão emocional com a marca, diz Lindstrom. Esta colocação reforça o ato inconsciente, devido a ligação emocional. Pensemos por um breve instante, o medo é uma atitude ou um sentimento, uma emoção? Por tanto aí está o alvo e a forma de atingi-lo é atender a demanda "real" paupável, que deverá remeter ao emotivo. A base de estudo de Lindstrom é o neuromarketing, que usa técnicas avançadas para pesquisa, como a ressonância magnética, que funciona como um scanner. Em suas pesquisas Martin Lindstrom chega a atestar fatos paradoxos, sendo que seus estudados dizem uma coisa e seus cérebros dizem outra. 
Agora, um fato muito curioso é que identificou-se, que a audição é o sentido mais importante para criar marcas e comunicar, mas sua defesa demanda um novo texto.
Por fim, algumas características, que definem na "cabeça" das pessoas ou caracterizam nelas suas marcas preferidas: rituais, visão forte e poderosa, um inimigo claro, apelo aos sentidos e narração de histórias estupendas. Lembra alguma coisa?

Abraços,

Tiago Cardoso Petreca. 

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